11 de maio de 2025

Ciência

Processo simples aumenta a durabilidade de células solares de perovskita

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Estudo realizado na Universidade Federal do ABC (UFABC) apresenta uma nova forma de mitigar a rápida degradação das células solares de perovskita. O problema, que limita a utilização desses dispositivos no cotidiano, tem desafiado os pesquisadores da área em busca de soluções viáveis.

As células solares de perovskita constituem uma tecnologia fotovoltaica muito promissora. São tão eficientes quanto as de silício e têm custos de produção menores. Além disso, são leves, flexíveis e semitransparentes, o que abre numerosas possibilidades de aplicações, como janelas, roupas ou barracas capazes de gerar energia elétrica a partir da luz do Sol.

 

Entretanto, a comercialização dessas células esbarra na sua baixa durabilidade, decorrente da degradação que os materiais da família das perovskitas sofrem quando expostos a condições de umidade e temperatura ambiente, tanto durante a produção como no decorrer do uso. Essa deterioração impacta o desempenho dos dispositivos ao longo do tempo e, portanto, a sua durabilidade.

Em artigo publicado no periódico Solar Energy Materials and Solar Cells, a equipe da UFABC descreveu um processo cujo diferencial é a possibilidade de ser realizado sem o rigoroso controle de umidade e temperatura que existe nos laboratórios dedicados a pesquisar esses dispositivos.

“As células solares deste trabalho foram obtidas em condições ambientes, sem grandes controles de umidade, o que pode ser mais compatível com as condições de preparação industrial”, explica o professor André Sarto Polo, coordenador do estudo e membro do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) – um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

Modulando a composição

A família das perovskitas reúne materiais de composições químicas diversas. Todos eles têm em comum a estrutura, formada por íons de carga positiva (cátions) e negativa (ânions). As perovskitas baseadas em cátions de metilamônio (MA+) e de formamidínio (FA+) são as mais estudadas para uso em células solares.

Neste novo estudo, apoiado pela FAPESP por meio de três projetos (17/11986-5, 22/07268-8 e 23/09820-2), os autores incorporaram quantidades crescentes de cátions de formamidínio em perovskitas baseadas em metilamônio, caracterizaram cada um dos materiais obtidos e, com eles, montaram células solares. A produção e a caracterização dos materiais e dispositivos foram feitas em ambientes com umidade relativa do ar de 40% a 60%.

Para testar a estabilidade, essas células solares foram expostas a temperatura e umidade ambiente durante 90 dias. Ao longo desse período, os pesquisadores estudaram sistematicamente as propriedades de todos os dispositivos com o objetivo de investigar a influência da adição de formamidínio no desempenho das células solares.

Enquanto as células solares sem FA+ tiveram uma acentuada queda na eficiência logo depois de montadas e deixaram de funcionar aos 30 dias, as células com mais de 25% de FA+ mantiveram 80% da eficiência no final dos 90 dias.

“Este trabalho demonstra como a incorporação de cátions de FA+ em perovskitas à base de MA+ causa um aumento da durabilidade das células solares de perovskita fabricadas e medidas em condições ambientes”, resume Polo.

De acordo com ele, isso ocorre porque a adição de formamidínio gera um aumento no tamanho dos grãos que formam a estrutura cristalina da perovskita, reduzindo a extensão total das bordas. Como as bordas são pontos de acúmulo de umidade, a perovskita sofre uma menor degradação e a célula solar mantém o seu bom desempenho por mais tempo.

A pesquisa, conduzida durante o doutorado de Lucas Polimante, abre perspectivas para desenvolver células solares de perovskita mais duráveis que possam ser produzidas com custos menores em condições mais amigáveis ao ambiente industrial.

Além de FAPESP e Shell, o grupo contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), bem como suporte estratégico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Vida fora da Terra: ainda não existe uma conclusão segura, diz astrônomo

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Pesquisadores anunciaram recentemente a maior evidência de vida em outro planeta já descoberta pela ciência. A descoberta, feita no exoplaneta K2-18 b, localizado a 120 anos-luz da Terra, tem gerado grande interesse na comunidade científica e no público em geral.

Ricardo Ogando, astrônomo do Observatório Nacional, explica que o K2-18 b é um planeta do tipo “subnetuno”, sendo um pouco maior que a Terra e menor que Netuno. Os cientistas detectaram a presença de uma substância que, na Terra, é geralmente produzida por organismos vivos, como fitoplâncton e algas oceânicas.

O papel do telescópio James Webb

A detecção foi possível graças ao telescópio espacial James Webb, que tem superado as expectativas desde seu lançamento, proporcionando observações impressionantes desde galáxias no início do universo até esta potencial bioassinatura em um exoplaneta.

Ogando ressalta, no entanto, que é necessário cautela: “É robusto? Dá para bater o martelo e dizer ‘nossa, a gente descobriu vida em outro planeta’? Não. A gente está bem longe disso“. Ele explica que, apesar das capacidades extraordinárias do James Webb, ainda são necessários mais estudos e modelagens para se chegar a uma conclusão segura.

Comparação com descobertas anteriores

Esta nova evidência se soma a outras buscas por vida extraterrestre, como as missões em Marte e as investigações em luas como Europa, de Júpiter. Em 2020, houve também a controversa detecção de fosfina em Vênus, que gerou debates na comunidade científica.

O K2-18 b está localizado na chamada “zona habitável”, região onde é possível a existência de água líquida, considerada essencial para a vida como a conhecemos. Isso torna o planeta um alvo de grande interesse para os astrônomos.

Embora a descoberta represente um avanço significativo, o astrônomo enfatiza que ainda estamos longe de confirmar a existência de vida fora da Terra. A busca continua, e cada nova evidência nos aproxima um pouco mais de responder a uma das questões mais fundamentais da humanidade: estamos sozinhos no universo?

Vida inteligente na Terra não é apenas acaso, apontam cientistas

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Além do lobo, empresa quer desfazer extinção de outros animais; veja quais

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A empresa Colossal Biosciences, que afirmou ter recriado uma espécie de lobos pré-históricos extintos há 12 mil anos, tem projeto para “desextinguir” outros animais que habitaram a Terra.

Além dos lobos, a intenção da startup norte-americana é reverter a extinção dos mamutes-lanosos, dos tilacinos (conhecidos como tigres-da-Tasmânia) e dos dodôs. Para realizar esse feito, os cientistas usam DNA antigo, clonagem e tecnologia de edição genética para alterar os genes de animais que ainda habitam, nosso planeta.

Mamute-lanoso

O mamute alvo da Colossal Biosciences viveu na Terra durante a Era Glacial e seus parentes vivos mais próximos são os elefantes asiáticos. Eles foram extintos há cerca de 4.000 anos. De acordo com a empresa, a meta é que esse seja o caso de destaque em seu projeto de reversão da extinção.

A empresa afirma que, ao trazê-los de volta, pode viabilizar o desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas que contribuam para salvar os elefantes modernos ameaçados, entender a base genética da adaptação de animais ao frio, e impulsionar avanços na edição multiplex do genoma — técnica usada para editar múltiplos genes ao mesmo tempo em um único experimento.

“Quando os perdemos [os mamute], perdemos os serviços ecossistêmicos que eles forneciam. Ao trazê-los de volta, poderíamos ajudar a restaurar um mundo desequilibrado por nós, humanos. Temos uma chance agora de começar a reverter a maré de destruição e nos colocar eem direção a um mundo renovado e regenerativo”, disse o Ph.D. Kenneth J. Lacovara, membro do conselho consultivo executivo da Colossal, no site da empresa.

A Colossal arrecadou pelo menos R$ 2,5 bilhões desde que Lamm, um empreendedor serial, e George Church, geneticista da Universidade Harvard, fundaram a empresa em setembro de 2021 e anunciaram pela primeira vez os planos de ressuscitar o mamute.

Esse empreendimento levou mais tempo do que Lamm inicialmente projetou, com a empresa dizendo que está no caminho para apresentar os primeiros bezerros de mamute lanoso em 2028.

Tigre-da-Tasmânia

Ainda, a startup alega que quer trazer o tilacino — ou tigre-da-Tasmânia — de volta da extinção.

O último exemplar da espécie na natureza foi morto entre 1910 e 1920 e o último em cativeiro morreu em 1936 — dois meses após o governo da Austrália dar o status de proteção ao grupo que estava ameaçado.

De acordo com a Colossal, a extinção do tilacino causou uma degradação que ocorre quando predadores do topo da cadeia alimentar são removidos de um ecossistema levando a um efeito cascata de consequências ecológicas nos grupos abaixo da espécie.

Para recuperá-los, a ideia da empresa é usar os embriões e animais jovens preservados em álcool e outros fluidos estabilizadores por cientistas no passado.

Dodôs

O pássaro que vivia nas ilhas Maurício, um país insular no Oceano Índico, foram dizimados após a chegada dos holandeses no território e a introdução de outras espécies como ratos, cabras, porcos, veados e macacos, já que eles comiam os ovos da ave.

A data da extinção desses animais é controversa, pois existem relatos de avistamento deles em 2003, mas os pesquisadores David Roberts e Andrew Solow alegam que o último exemplar da espécie deve ter morrido por volta de 1690.

A Colossal está trabalhando em parceria com a ONG Mauritian Wildlife Foundation (MWF, Fundação da Vida Selvagem das Ilhas Maurício, em português) para restaurar os habitats originais dos dodôs, reviver essa espécie ameaçada de extinção e apoiar planos de reintrodução do animal na vida selvagem.

Relembre o caso do lobo-terrível

Animais extintos são recuperados graças à ciência

*Com informações de Fernanda Pinotti, da CNN, e Katie Hunt, da CNN Internacional

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