11 de maio de 2025

Política

Anistia, INSS, Orçamento: os 100 dias de Hugo e Alcolumbre no Congresso

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federalista completam 100 dias de gestão neste domingo (11). Enquanto o projeto da anistia dominou segmento dos debates legislativos, as prioridades da tarifa econômica ainda não chegaram à tempo final de votações.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foram eleitos em 1° de fevereiro, com espaçoso base de diferentes partidos. Em pouco mais de três meses, buscaram sustar a polarização nas Casas e se aproximaram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Hugo e Alcolumbre acompanharam Lula em viagens internacionais, porquê o roteiro pela Ásia e o funeral do papa Francisco em Roma — o que impactou nas votações de temas prioritários nas Casas. Entre deputados, a procura por consenso nos projetos têm moroso o progressão das matérias.

Porquê a CNN mostrou, das 48 propostas prioritárias listadas pelo governo no início do ano, somente duas foram aprovadas: as novas regras de alocação de recursos federais em situações de calamidade, que já foram sancionadas por Lula, e a ampliação para 30% nas cotas raciais no serviço público, que ainda aguarda sanção.

Essa última proposta foi aprovada nesta semana. Outros 46 temas prioritários ainda estão em estudo. A lista foi apresentada pelo Executivo no início do ano pelo logo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

Taxa econômica travada

Na última semana, a Câmara iniciou a estudo da maior prioridade do Planalto: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 milénio por mês. A percentagem privativo que debaterá a proposta foi instalada na terça-feira (6).

O relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), espera a votação até o mês de julho. Depois, o projeto ainda precisará ser analisado pelo Senado antes de ser sancionado por Lula.

Outra prioridade econômica é o projeto que regulamenta o Comitê Gestor do IBS, novo tributo criado pela reforma tributária. A proposta está travada no Senado desde o segundo semestre de 2024, quando Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ainda comandava a Morada.

As audiências públicas sobre o texto na Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ) terão início somente nesta semana. O relator, Eduardo Braga (MDB-AM), espera votar o projeto até o término deste semestre.

Entre as poucas aprovações deste ano, o Congresso deu aval para o projeto da reciprocidade com outros países – que mira o tarifaço norte-americano – e a liberação de sobras a remunerar, que envolvem recursos represados de emendas. Com delonga de meses, os parlamentares também aprovaram o Orçamento de 2025.

Escolha para anistia

Alcolumbre articula no Senado um texto recíproco que não anistia os condenados do atos criminosos do 8 de janeiro, mas propõe modular as penas. Esse é o consenso de segmento dos parlamentares, mormente de partidos de núcleo.

O presidente do Senado tem discutido ajustes em um projeto que tramita na Morada e foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE). A proposta sugere penas mais brandas para os crimes de golpe de Estado e derrogação do Estado Democrático de Recta.

Já os deputados resistem a mudanças no projeto original que está travado na Câmara. Em abril, Motta decidiu não pautar o pedido de urgência que poderia apressar a tramitação do projeto da anistia. O requerimento reuniu as assinaturas mínimas dos deputados, mas dependia do aval do presidente da Morada para ir à votação.

INSS

Hugo e Alcolumbre também têm travado o progressão de Comissões Parlamentares de Questionário (CPI) para investigar fraudes no Instituto Pátrio do Seguro Social (INSS). A geração dos colegiados é uma demanda da oposição.

Na Câmara, Hugo justificou aos deputados que há uma lista com outras 12 CPIs aguardando instalação e, por isso, a CPI do INSS não pode progredir — já que o Regimento Interno permite o funcionamento de somente cinco colegiados deste tipo simultaneamente.

Aliás, conforme mostrou a CNN, Alcolumbre tem sinalizado resistência a aliados em instalar uma Percentagem Parlamentar Mista de Questionário (CPMI) sobre o tema.

Desafios de Motta

Também atrapalharam o ritmo de votações na Câmara impasses envolvendo os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Gilvan da Federalista (PL-ES) e o agora ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

De ofício, depois meses sendo pressionado, Motta decidiu no término de abril pela perda do procuração de Brazão. Também apoiou a suspensão de Gilvan depois críticas do parlamentar à ministra Gleisi Hoffmann. Em outra frente, viabilizou a aprovação do pedido que suspendia ação penal contra Ramagem no interrogatório sobre o projecto de golpe.

Entre as pautas de interesse próprio, Motta articulou e garantiu a aprovação no plenário do projeto que amplia o número de deputados de 513 para 531. A proposta seguiu para a estudo do Senado. A aprovação no Congresso precisa ocorrer até 30 de junho, segundo preceito do Supremo Tribunal Federalista (STF).

Levante teor foi originalmente publicado em Anistia, INSS, Orçamento: os 100 dias de Hugo e Alcolumbre no Congresso no site CNN Brasil.

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Moraes concede prisão domiciliar a Roberto Jefferson

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), concedeu prisão domiciliar ao ex-deputado federalista Roberto Jefferson.

Aos 71 anos, Jefferson está recluso em regime fechado deste outubro de 2022. Porém, desde junho de 2023, encontrava-se no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, devido a problemas de saúde.

Na sexta-feira (9), a Procuradoria-Universal da República (PGR) havia se manifestado favoravelmente à prisão domiciliar humanitária a Jefferson, pedida pela resguardo.

O parecer da PGR baseou-se em relatórios médicos enviados pelo hospital, que descrevem um quadro galeno de crises convulsivas, fome calórico-proteica, verosímil foco de infecção em cavidade vocal e síndrome depressiva grave.

Outrossim, os documentos apontam um histórico de uma série de tipos de cancro: no pâncreas, tireoide e cólon; além de diabetes.

A prisão domiciliar foi concedida por Moraes com a quesito de que Jefferson cumpra as seguintes medidas restritivas:

  • Uso de tornozeleira eletrônica, a ser instalada logo que deixar o hospital
  • Suspensão de passaporte e proibição de emissão de novo documento
  • Proibição de se ausentar do país
  • Proibição de utilizar redes sociais, inclusive por meio de terceiros
  • Proibição de conceder entrevistas e veículos jornalísticos, salvo se for autorizado pelo STF
  • Proibição de receber visitas, salvo de advogados e de pessoas autorizadas pelo STF

Em mansão

Jefferson também tem que satisfazer a pena em regime domiciliar exclusivamente em residência em Comendador Levy Gasparian, município com menos de 10 milénio habitantes no interno do Rio de Janeiro, a 160 km da capital, definiu Moraes.

“O descumprimento da prisão domiciliar humanitária ou de qualquer uma das medidas alternativas implicará na reconversão da domiciliar humanitária em prisão dentro de estabelecimento prisional”, alertou o ministro relator do caso.

Foi em Levy Gasparian que, em outubro 2022, Jefferson atirou com um fuzil contra viaturas e agentes da Polícia Federalista (PF) que cumpriam o mandado que o levaria de volta à ergástulo.

Jefferson havia sido recluso preventivamente em agosto de 2021, por ordem de Moraes, por ataques aos Poderes e ao processo eleitoral por meio de entrevistas e publicações nas redes sociais, inclusive com exibição de armas e incitação a ataques a parlamentares.

O ex-deputado foi, logo, guiado ao Multíplice Prisional de Gericinó, em Bangu. Em janeiro de 2022, depois a resguardo apresentar um relatório sobre a saúde de Jefferson, ele acabaria sendo guiado ao regime domiciliar.

Roberto Jefferson, porém, voltou ao regime fechado depois gravar um vídeo com ofensas à ministra Cármen Lúcia, do STF. O vídeo foi publicado no perfil da também ex-deputada federalista Cristiane Brasil, sua filha — o que descumpriria a medida restritiva de não utilizar redes sociais.

Processos

No final do ano pretérito, o plenário do Supremo terminaria por reprovar Roberto Jefferson a nove anos, um mês e cinco dias de prisão por atentado ao treino dos Poderes.

Devido ao ataque a policiais, Jefferson também é réu em um processo na Justiça Federalista. Em abril, porém, o Tribunal Regional Federalista da 2ª Região (TRF-2) já havia lhe facultado o regime domiciliar — que ainda não podia ser cumprido devido ao processo no STF.

Leste teor foi originalmente publicado em Moraes concede prisão domiciliar a Roberto Jefferson no site CNN Brasil.

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STF tem quatro votos para condenar Zambelli por invasão ao sistema do CNJ

O Supremo Tribunal Federalista (STF) tem quatro votos para sentenciar a deputada federalista Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Parecer Vernáculo de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.

Os ministros também votaram para sentenciar o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Além da pena de prisão, os ministros defendem que Zambelli e Delgatti terão que remunerar juntos uma indenização de R$ 2 milhões.

O caso está em julgamento no plenário virtual da Primeira Turma do STF desde sexta-feira (9) e já tem maioria para sentenciar os dois envolvidos. O último voto registrado foi o da ministra Cármen Lúcia, neste sábado (10), que seguiu o relator do caso, Alexandre de Moraes.

“A materialidade e a autoria dos comportamentos delituosos estão firmemente comprovadas pelos dados constantes dos autos”, escreveu a ministra ao justificar o voto.

Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin também votaram pela pena. Falta exclusivamente o voto de Luiz Fux. O plenário virtual está lhano até a próxima sexta-feira (16). Até lá, os ministros podem mudar os posicionamentos.

A maioria da Primeira Turma também concordou em ordenar a perda do procuração da deputada, a ser executada depois o trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.

A Procuradoria-Universal da República (PGR) acusou Zambelli e Delgatti em fevereiro por ataque a sistemas do CNJ para incitar atos antidemocráticos. A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, uma vez que um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Conforme a denúncia da PGR, Zambelli teve “papel central” na invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ e foi a “autora intelectual” do ataque hacker. Zambelli, segundo a denunciação, “arregimentou” o hacker Walter Delgatti, prometendo a ele benefícios em troca dos serviços.

O que diz Zambelli

Em nota divulgada nesta sexta (9), a resguardo da deputada afirma ser “absolutamente injusto” que Zambelli tenha sido “julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas”.

Os advogados também criticam o processo orientado pelo Supremo, dizendo que houve “inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa”. Consideraram ainda “inadmissível” a falta de audiência com os integrantes da Turma e da possibilidade de sustentação verbal dos advogados.

Leia a íntegra da nota:

“A defesa da deputada Carla Zambelli novamente externa sua irresignação, não somente pelo voto proferido que arbitrariamente julgou procedente as acusações, mas especialmente pelas inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa ocorrido. Além disso, apesar do enorme respeito que se tem para com os Eminentes Ministros da 1ª Turma da Suprema Corte, inadmissível que o processo não tenha sido submetido a julgamento presencial ou virtual com a possibilidade de sustentação oral na presença dos julgadores, bem como, que ainda não tenha sido disponibilizada ao menos audiência com os integrantes da Turma julgadora para que a defesa possa apresentar memoriais e externar pontos importantes do processo. Absolutamente injusto que a Deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas, ainda mais por fatos que desconhecia, como por exemplo os alvarás falsos que o mitômano Walter fez para seu primo e terceiras pessoas. Saliente-se que jamais se deixará de acreditar na Justiça e se espera que algum dos Ministros possa pedir vistas e examinar todos os argumentos lançados pela defesa e, futuramente, modifique o rumo sugestionado pelo Relator”.

Levante teor foi originalmente publicado em STF tem quatro votos para sentenciar Zambelli por invasão ao sistema do CNJ no site CNN Brasil.

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INSS: Lula não dá prazo de devolução do dinheiro e culpa gestão Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apresentou um prazo para a restituição do verba desviado do pagamento de aposentados do INSS e responsabilizou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo escândalo envolvendo a instituição.

Lula afirmou em entrevista no final de sua visitante à Rússia que antes de definir valores e prazos para a restituição do verba desviado dos aposentados e pensionistas, é preciso apurar todos os detalhes.

“Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas enganadas. A quantidade de pessoas que tiveram o seu nome numa lista sem que elas tivessem assinado. Porque aqueles que assinaram já autorizaram. Então, o que nós queremos, e é por isso que tem a crítica de que ainda demora, é porque poderíamos ter feito uma pirotecnia e não ter apurado (o escândalo)”, disse ele.

Na sequência, Lula responsabilizou o governo anterior pelo escândalo.

“Nós desmontamos uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019”


Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de prelo em Moscou

“Vocês sabem quem era o ministro da Previdência, quem era o chefe da Casa Civil. A gente poderia ter feito um show de pirotecnia, mas não queríamos manchete. Queríamos apurar”, disse o presidente

Lula chegou a sugerir que qualquer integrante da gestão passada poderia estar envolvido no escândalo.

“Nós vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passar envolvido nisso. É isso que nós vamos fazer. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, disse.

Ele também ressaltou que nem todas as entidades envolvidas têm responsabilidade nas irregularidades. “Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, e tem entidades que foram criadas para cometer crime”, afirmou.

O presidente disse que os aposentados e pensionistas afetados não arcarão com os prejuízos, mas sim as entidades envolvidas.

“Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o emérito e o pensionista brasílico […] As entidades que roubaram vão ter seus bens congelados. Nós vamos usar esses bens, repatriar o verba, para que a gente possa remunerar as pessoas”, afirmou.

Ele também ressaltou que a profundidade da investigação justifica o tempo necessário para revelar o que de indumento aconteceu. “A gente não quer uma manchete de jornal, a gente quer apurar […] e é por isso que tem a crítica de que ainda demora, é apurar com seriedade. Tanto a CGU como a Polícia Federal foram a fundo para chegar ao coração da quadrilha”, concluiu.

O esquema, revelado no mês pretérito por uma operação conjunta da Polícia Federalista (PF) e da Controladoria-Universal da União (CGU), envolvia o desconto indevido de valores em contracheques de aposentados e pensionistas por sindicatos e associações. A fraude teria movimentado muro de R$ 6,3 bilhões nos últimos anos.

Desde a revelação do caso, seis servidores públicos foram afastados, e o portanto presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, pediu destituição. Em meio à crise, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também deixou o função depois reunião com Lula.

Oriente teor foi originalmente publicado em INSS: Lula não dá prazo de restituição do verba e culpa gestão Bolsonaro no site CNN Brasil.

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PGR se manifesta a favor de prisão domiciliar para Roberto Jefferson

A Procuradoria-Universal da República (PGR) se manifestou, nesta sexta-feira (9), favorável ao regime de prisão domiciliar a Roberto Jefferson.

A PGR entendeu que a mudança se fazia necessária por motivos de saúde do ex-deputado federalista, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federalista (STF) a mais de 9 anos de prisão por atentado ao treino dos Poderes, incitação ao violação e homofobia.

No parecer, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, citou relatórios médicos enviados pelo Hospital Samaritano Botafogo, onde Jefferson está internado desde junho de 2023, que descrevem um quadro médico de crises convulsivas, fome calórico-proteica, verosímil foco de infecção em cavidade vocal e síndrome depressiva grave.

Ou por outra, os documentos apontam um histórico de uma série de tipos de cancro: no pâncreas, tireoide e cólon; além de diabetes.

“A prisão preventiva é medida cautelar pessoal extrema, que será determinada apenas quando, no caso concreto, não for cabível a imposição de medidas alternativas”, argumentou Gonet.

“Diante da documentação mais recente, é imperioso reconhecer a inviabilidade de realização do tratamento no âmbito do sistema carcerário”, continuou. “Portanto, revela-se necessária, adequada e proporcional a substituição da prisão preventiva pelo recolhimento domiciliar.”

Em abril, o Tribunal Regional Federalista da 2ª Região (TRF-2) já havia convertido a prisão preventiva do ex-deputado em regime domiciliar, no processo relativo à ocasião em que Jefferson atacou policiais federais com granadas e tiros ao resistir à prisão, em 2022.

Devido ao processo no STF, porém, ele seguia em regime fechado. Agora, com a revelação da PGR, cabe ao Supremo, por meio do ministro relator, Alexandre de Moraes, definir uma vez que Jefferson vai satisfazer a pena imposta pelo Supremo.

Oriente teor foi originalmente publicado em PGR se manifesta em prol de prisão domiciliar para Roberto Jefferson no site CNN Brasil.

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