12 de maio de 2025

Corte de imposto de alimento pelo governo tem efeito reduzido na importação

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Entre os onze grupos de víveres (NCMs, na {sigla} do Negócio Exterior) que tiveram imposto desunido pelo governo em março, sete apresentaram subida na importação em abril, enquanto quatro tiveram queda. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Negócio e Serviços (Mdic).

A teoria do governo ao zerar o imposto de importação era permitir que produtos chegassem ao Brasil com menos custos, a termo de reduzir os preços dos víveres.

Para o levantamento, foram comparados dados do Mdic de abril de 2025 (o primeiro mês “fechado” sem tributo) e o mesmo período do ano pretérito.

O ex-secretário de Negócio Exterior Welber Barral afirma que o galanteio teve impacto reduzido até o momento. “Se esperava que não teria muito efeito na importação, até porque, para alguns destes produtos, o Brasil é o maior produtor mundial. Então dificilmente se comprará mais barato de fora”, disse.

Segundo o ex-secretário, todavia, isso não significa que não há impactos sobre os preços. Um dos principais objetivos da medida é fabricar uma espécie de “dissuasão”, em que o mercado interno evita subir preços para não proporcionar as compras do exterior. “Mas isso é difícil de mensurar”, completou Barral.

No período analisado, um dos aumentos mais expressivos está no moca não torrado, não descafeinado, em grão: o Brasil importou US$ 26 milhões em abril deste ano, contra zero no mesmo mês do ano pretérito.

Também se destaca a subida na importação de massas alimentícias não cozidas, nem recheadas ou preparadas, que alcançaram US$ 4,2 milhões, frente a R$ 3,4 milhões em abril de 2024. O milho em grão já apresentava tendência de subida nas compras e saiu de R$ 5,5 milhões para US$ 14,8 milhões.

Por outro lado, mesmo com o imposto zerado, caíram as compras do exterior de carnes desossadas de bovinos, saindo de US$ 14,5 milhões para US$ 14,5 milhões, assim porquê o óleo de oliva extravirgem, que recuou de US$ 64,7 milhões para US$ 40,8 milhões.

Confira a variação entre abril de 2024 e abril de 2025:

Registraram queda na importação

  • Óleo de oliva (oliveira) extravirgem
    Abril de 2024: US$ 64.709.380
    Abril de 2025: US$ 40.847.092
  • Carnes desossadas de bovinos, congeladas
    Abril de 2024: US$ 14.577.715
    Abril de 2025: US$ 10.639.907
  • Óleo de girassol, em bruto
    Abril de 2024: US$ 1.137.847
    Abril de 2025: US$ 1.020.809
  • Óleo de palma (que recebeu cotas somente)
    Abril de 2024: US$ 34.983.462
    Abril de 2025: US$ 28.347.123

Registraram subida na importação

  • Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo
    Abril de 2024: US$ 3.423.476
    Abril de 2025: US$ 4.266.363
  • Moca torrado, não descafeinado (exceto moca acondicionado em capsulas)
    Abril de 2024: US$ 4.695.202
    Abril de 2025: US$ 4.874.180
  • Moca não torrado, não descafeinado, em grão
    Abril de 2024: US$ 0
    Abril de 2025: US$ 26.298.308
  • Milho em grão, exceto para semeadura
    Abril de 2024: US$ 5.509.311
    Abril de 2025: US$ 14.828.615
  • Bolachas e biscoitos
    Abril de 2024: US$ 1.910.215
    Abril de 2025: US$ 2.370.850
  • Outros açúcares de cana
    Abril de 2024: US$ 227.333
    Abril de 2025: US$ 256.419
  • Preparações e conservas de sardinhas, inteiros ou em pedaços, exceto peixes picados
    Abril de 2024: US$ 10.691
    Abril de 2025: US$ 54.060



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