12 de maio de 2025

juros altos ainda são “herança maldita” de Campos Neto


A ministra Gleisi Hoffmann (PT), das Relações Institucionais, voltou a tutorar o presidente do Banco Medial, Gabriel Galípolo, posteriormente a sexta subida consecutiva da taxa Selic, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta (7), dizendo que ainda é revérbero de uma “herança maldita” do predecessor Roberto Campos Neto.

Com a novidade elevação, a taxa básica de juros chegou a 14,75%, a maior desde 2006. A decisão tem sido fim de críticas por secção de movimentos sociais e lideranças do governo federalista, que esperavam uma mudança na meio da política monetária desde a troca de comando na instituição.

“O Galípolo vem administrando uma herança maldita do Banco Central, que foi a forma como o ex-presidente se comportava e induzia o mercado a fazer avaliações de que tinha que subir a taxa de juros. Ele fazia um terrorismo fiscal. Entendo que o Galípolo está agora administrando um rescaldo disso”, afirmou Gleisi nesta quinta (8).

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A sátira da ministra foi em referência a Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao comando da autonomia, e que era altamente atacado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primórdio desta terceira gestão.

Apesar de tutorar Galípolo jogando a culpa no predecessor, Gleisi também criticou o atual patamar dos juros.

“É óbvio que eu não concordo com uma taxa de juros tão alta. Não só eu como o Brasil inteiro. Espero que, para a próxima reunião do Copom, a gente já tenha uma outra avaliação, até porque a realidade tem mudado muito”, declarou.

A expectativa no governo é de que o Banco Medial interrompa a elevação dos juros, principalmente posteriormente o Relatório Focus desta semana indicar a taxa de 14,75 porquê a prevista para o final deste ano.

Gabriel Galípolo assumiu o comando do Banco Medial em janeiro deste ano, posteriormente já ter ocupado o função de diretor de Política Monetária. A indicação teve o aval de Lula e foi aprovada pelo Senado.

Ainda nesta quinta (8), Gleisi se reuniu em São Paulo com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do grupo de trabalho sobre spread bancário do Recomendação de Desenvolvimento Econômico e Social, espargido porquê “Conselhão”. Durante murado de duas horas de conversa, a ministra discutiu medidas para facilitar o aproximação ao crédito e reduzir os custos dos empréstimos.

“A gente tem que ter com eles uma parceria para fazer com que esse crédito seja viabilizado e chegue de forma mais barata na mão do trabalhador”, pontuou a ministra.

Segundo Gleisi, a proposta do ministro Fernando Haddad, da Herdade, de autorizar o novo crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, deve incentivar a concorrência entre bancos e, assim, encolher os juros. Ela afirmou que recebeu dos bancos o compromisso de que o dispêndio do crédito ao consumidor cairá.

“Recebemos por parte dos presidentes de bancos a garantia de que isso vai ser uma realidade logo, até pela concorrência das instituições bancárias. Então, nós vamos acompanhar e, obviamente, ter essa interlocução nos ajuda a avançar nos temas importantes”, concluiu.

Durante o encontro, também foi debatida a pressão para que o governo não fixe um teto para os juros do consignado talhado a aposentados e pensionistas do INSS. A medida, segundo Gleisi, foi fim de pedidos dos bancos presentes à reunião.



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