Dino suspende julgamento sobre escolas cívico-militares em São Paulo

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federalista (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do padrão de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Golpe julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.
A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o padrão de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.
Ao determinar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a conhecimento do STF ao suspender o padrão porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é branco de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria esperar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia asilado uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de conhecimento federalista. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a regalia de o Estado fabricar o programa.
De convénio com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do padrão cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Instrução anunciou 100 escolas que devem adotar o padrão a partir do segundo semestre deste ano.