12 de maio de 2025

Exposição celebra a arte afro-brasilidade com 300 obras no Rio

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A arte afro-brasileira está em foco na exposição Afro-Brasilidade, homenagem a dois Valentins e a um Emanoel, em edital no Rio de Janeiro, a partir desta sexta-feira (11). A novidade mostra no espaço FGV Arte, na Praia de Botafogo, foi concebida porquê um tecido simbólico, que se expande e se entrelaça, capaz de conectar dissemelhante territórios e temporalidades.

A exibição percorre um caminho que vai desde o tecido da costa, um elemento presente nos rituais da vida africana, até em esculturas históricas, que dialogam com a ancestralidade e a resistência cultural afro-brasileira.

O público pode conferir entre as alas o mais vetusto manuscrito de um jornalista preto no Brasil, além de outros quadros, telas e joias ditas crioula-baiana do século 19, além de uma penca de balangandãs.

 

O curador Paulo Herkenhoff explica que prezou pela complicação da história afro-brasileira, com uma abordagem que não esconde o período escravocrata na formação cultural do país.

“A exposição lida com obras com história, como uma forma de indicar que existe história afro-brasileira. O passo seguinte era buscar questões singulares dessa arte com história”, detalha.

A literatura do Brasil também tem destaque na exposição da FGV Arte. Uma dupla de obras dedicada a Machado de Assis, composta de um retrato e de um manuscrito também podem ser encontradas na mostra. Já as esculturas foram pensadas de concórdia com as diferenças geográficas do Brasil.

“Temos jovens artistas baianos como David Sol, Emanoel Saravá, Letícia França, Guilherme Almeida, Shai Andrade e Karamujinho. Este último, inclusive, apresenta sua obra pela primeira vez no Rio de Janeiro. Temos o compromisso com essa amplitude temporal e geográfica”, comenta o também curador João Victor Guimarães.

Além da pluralidade territorial, a mostra tem o desvelo de resgatar artistas esquecidos, historicamente marginalizados no giro tradicional de arte, o que inclui telas inéditas, nunca antes exibidas ao público.

“A Afro-Brasilidade é uma homenagem aos artistas que construíram, dentro dos limites e das propostas e técnicas da arte ocidental, pensamentos e manifestações para além do ocidente”, finalizou Guimarães.

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