Fora da Libertadores? Advogado fala sobre possíveis punições ao Colo-Colo
O Pescoço-Pescoço poderá tolerar múltiplas punições disciplinares por conta da confusão que marcou a partida contra o Fortaleza pela Libertadores, e que resultou na morte de duas pessoas, na noite da última quinta-feira (10), no Chile.
Posteriormente o incidente do lado de fora do Estádio Monumental, em Santiago, o jogo foi suspenso quando torcedores do clube chileno invadiram o gramado, fazendo com que os jogadores da equipe brasileira corressem para o vestiário, abandonando a disputa.
De negócio com Felipe Crisafulli, legisperito perito em Recta Desportivo, o Pescoço-Pescoço falhou em garantir a ordem e a segurança dentro e fora do estádio, tanto antes quanto durante o confronto.
Nestes casos, o art. 6º do Código Disciplinar da CONMEBOL prevê recado, repreensão e multa – que varia de 100 a 400 milénio dólares –, além de outras possibilidades de punição, uma vez que a perda de pontos no torneio ou a realização das próximas partidas em estádios alternativos.
A penalidade mais rigorosa seria a desclassificação ou exclusão do time da competição, impossibilitando sua participação em edições futuras. Agora, caberá à Percentagem Disciplinar da CONMEBOL definir qual delas será aplicada.
“Eles vão levar em consideração diversos aspectos, desde a existência ou não de casos semelhantes no passado por parte do Colo-Colo. Ou seja, se ele é reincidente ou não”, afirmou Crisafulli.
O legisperito aponta que o clube também pode ser reprendido por conta dos sinalizadores e dos objetos que foram arremessados para dentro de campo, uma vez que as barras de ferro utilizadas para forçar a entrada dos torcedores no espaço: “Isso poderá ser levado em conta até mesmo para fins de uma punição mais rígida.”
A decisão sobre a continuação da partida também fica a função da Percentagem Disciplinar da Confederação Sul-Americana, que definirá as condições para a realização de um verosímil novo jogo.
“Vai caber ao Fortaleza cumprir com essas exigências e determinações, porque senão, o clube corre o risco de ser considerado como infrator por abandonar a partida. Ele poderia ser declarado perdedor do confronto ou ainda ser excluído da competição, por descumprir o Manuel de Clubes”, completou Felipe.