Aversão ao risco faz ouro chegar a US$ 3.200 pela 1ª vez; há como o metal subir mais?
O ouro renovou sua máxima histórica, superando US$ 3.200 por onça, impulsionado pela possante demanda de investidores por proteção em meio às incertezas sobre o cenário econômico global. A valorização reflete o aumento da aversão ao risco, principalmente diante do progresso das tarifas sobre importações chinesas e das preocupações com os impactos dessas medidas no negócio internacional.
Mesmo depois a divulgação de dados que mostraram conforto na inflação dos Estados Unidos em março, o movimento de subida do metal valedouro ganhou força, com o mercado ajustando as apostas para possíveis cortes de juros ainda neste ano. Esse envolvente de instabilidade econômica e política, reforçado pelas ações tarifárias recentes, tem sustentado o fluxo comprador e impulsionado os preços do metal.
O ouro voltou a se realçar no cenário global. Posteriormente a correção da semana passada, quando recuou 1,54%, o metal valedouro retomou a trajetória de subida com força nos últimos dias, renovando seu topo histórico e superando a marca dos US$ 3.200 pela primeira vez. Com valorização acumulada de mais de 22% em 2025, o ativo segue atraindo fluxo comprador consistente.

Para entender até onde o preço do ouro pode ir, confira a estudo técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Estudo técnica do Ouro
No gráfico semanal, o ouro confirmou sua tendência de subida ao romper o macróbio topo em US$ 3.167,84, ganhando tração supra dos US$ 3.200. O candle atual reforça esse movimento, sustentado por possante volume, o que sugere espaço para perenidade do progresso — desde que o fechamento da semana mantenha esse padrão.
Apesar de o IFR (14) estar em 77,38, apontando para zona de sobrecompra, ainda não há sinais claros de exaustão. O indicador sugere possibilidade de correção, mas o ímpeto comprador predomina. Para manter a tendência de subida, é fundamental que o preço siga supra dos US$ 3.200. Nesse cenário, os alvos projetados ficam em US$ 3.249 e US$ 3.295, com extensões mais ambiciosas nas faixas de US$ 3.400/US$ 3.445 e US$ 3.490/US$ 3.548.
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Por outro lado, caso o ativo perdida a região dos US$ 3.167/US$ 3.100, pode iniciar movimento de correção. Nesse caso, os suportes mais próximos estão em US$ 3.015 e na filete entre US$ 2.953 e US$ 2.832. Uma perda mais acentuada dessas regiões pode intensificar a pressão vendedora, abrindo espaço para quedas até US$ 2.791 ou mesmo US$ 2.563.

Confira nossas análises:
Estudo de pequeno prazo
No gráfico quotidiano, o ouro vem respeitando uma traço de tendência de subida desde o início de 2025, mantendo um conduto altista muito definido. Nos últimos dias, depois testar a LTA, voltou a subir com força, rompendo novamente o topo histórico e se consolidando supra dos US$ 3.200.
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O movimento segue amparado por possante volume comprador. Caso mantenha essa pressão, os próximos objetivos estão em US$ 3.229 e US$ 3.244, com alvos mais distantes em US$ 3.281, US$ 3.354 e US$ 3.387.
No entanto, o movimento já se mostra esticado no pequeno prazo. O IFR (14), atualmente em 70,06, coligado ao isolamento das médias móveis, pode sinalizar uma provável correção técnica. Para que isso se confirme, o ouro precisaria romper a filete de suporte entre US$ 3.167 e US$ 3.134. Caso ocorra, os alvos de baixa ficam em US$ 3.066 e US$ 3.015, com suportes adicionais em US$ 2.953 e US$ 2.855.

Suportes e resistências do Ouro
Suportes:
- US$ 3.200 – suporte inopino e referência chave para manutenção da tendência de subida
- US$ 3.167 / US$ 3.134 – zona de suporte de pequeno prazo, perda pode iniciar correção
- US$ 3.100 – suporte relevante no gráfico semanal
- US$ 3.066 / US$ 3.015 – faixas intermediárias para possíveis alvos de baixa
- US$ 2.953 / US$ 2.855 – suporte mais possante no pequeno/médio prazo
- US$ 2.832 / US$ 2.791 – regiões críticas caso o movimento de baixa se intensifique
- US$ 2.563 – suporte mais distante, de longo prazo
Resistências:
- US$ 3.229 – resistência imediata no pequeno prazo
- US$ 3.244 – próxima barreira relevante
- US$ 3.281 – claro intermediário no pequeno prazo
- US$ 3.295 – extensão da resistência de médio prazo
- US$ 3.354 – resistência projetada mais longa
- US$ 3.387 – filete de topo potencial mais adiante
- US$ 3.400 / US$ 3.445 – região de resistência mais ampla de médio prazo
- US$ 3.490 / US$ 3.548 – alvos longos, caso o fluxo comprador continue possante
(Rodrigo Sossego é comentador técnico)
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