15 de junho de 2025

Quanto tempo duram e o que são os sonhos? Veja curiosidades

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Quem nunca acordou de uma noite de sono intrigado com um sonho que acabou de acontecer? Dependendo da criatividade, eles podem trazer sensações boas ou ruins ao despertar. Porém, mesmo que pareçam grandes mistérios da mente, os sonhos têm explicações do ponto de vista científico.

Apesar de nem sempre serem memoráveis, todas as pessoas sonham à noite. Eles são uma espécie de “filme mental” criado pelo cérebro que mistura memórias, emoções, desejos e até a visão de imagens completamente novas. Cientificamente, os sonhos têm um papel importante na organização da mente e das emoções.

“Durante o sonho, o controle racional está reduzido. Isso permite que o cérebro explore livremente associações e significados que, quando estamos acordados, poderiam ser censurados ou interrompidos. Dessa forma, os sonhos contribuem para o processamento cognitivo e emocional de forma mais profunda”, explica a psicóloga do sono Silvia Conway, membro titular da Academia Brasileira do Sono (ABS).

Os ciclos do sono e a duração dos sonhos

Durante uma noite de sono, o corpo passa por ciclos, alternando entre dois tipos principais de sono: o sono REM e o não REM. O primeiro se caracteriza por movimentos rápidos dos olhos, ondas cerebrais semelhantes à vigília, com a respiração e batimentos cardíacos acelerados, além dos músculos ficarem paralisados.

Já o sono não REM não possui a atividade de movimentos rápidos dos olhos, sendo dividido em três estágios: leve, moderado e profundo, sendo essencial para a recuperação física e mental.

Imagem de mulher acordando pela manhã - Metrópoles
Os sonhos podem influenciar no seu humor ao acordar

De acordo com o neurologista Renato Gama, a ideia que os sonhos acontecem em um tempo “acelerado” ou “condensado” é um mito que a ciência já desvendou. Pesquisas recentes mostram que os sonhos geralmente acontecem em tempo real: os minutos gastos na projeção são os mesmos que ela dura no cérebro.

“Os sonhos estão ligados aos estágios do sono e a duração deles reflete o tempo dessas fases. Quando falamos do sono REM, que é quando temos os sonhos mais vívidos e cheios de emoção, a duração varia ao longo da noite. Já no sono NREM, os sonhos são mais curtos e menos visuais, geralmente duram entre 1 e 7 minutos”, afirma o médico, que também é professor da instituição Afya Educação Médica.

Durante o sono, o cérebro se desconecta dos estímulos externos e passa a trabalhar com registros internos, reorganizando e processando informações. O processo ativa diferentes áreas cerebrais conforme o conteúdo do sonho. “Por exemplo, se alguém sonha que está falando, a área da fala será ativada. Se estiver correndo, a área motora será acionada”, ensina Silvia.

E por que nem sempre nos lembramos dos sonhos?

Apesar de sonhar todas as noites, nem sempre conseguimos guardar as lembranças ao acordar. Isso ocorre porque, ao despertar, o cérebro passa por mudanças rápidas que dificultam a formação de memórias conscientes do sonho. No entanto, alguns fatores podem influenciar nessa lembrança.

“Os sonhos da fase REM são mais fáceis de lembrar. O ambiente também importa: você tem mais chances de não esquecer de um sonho em casa, por exemplo. E, curiosamente, pessoas que se interessam mais por seus sonhos ou que acordam várias vezes durante a noite tendem a lembrar mais. É como se o cérebro precisasse de um empurrãozinho para trazer esses momentos para a consciência”, destaca Gama.

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