Sérgio Nogueira: Bolsonaro jamais “pressionou para alterar relatório”

O general da reserva e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira está sendo interrogado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que apura possível trama golpista para anular as eleições presidenciais de 2022. O réu afirmou ao ministro Alexandre de Moraes que jamais foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para mostrar o relatório das Forças Armadas acerca das urnas eletrônicas.
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O ex-ministro da Defesa afirmou que o objetivo do relatório não era encontrar uma possível fraude nas eleições, mas sim fiscalizar todo o processo eleitoral.
“Eu não despachei documento nenhum. Não houve reunião, não levei relatório para o presidente assinar. O presidente jamais me pressionou. Seja para mandar o relatório somente no 2º turno, seja para alterar o relatório. O que me deixa de cabeça quente na denúncia, que alterei esse relatório”, disse o general.
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Ministro Alexandre de Moraes
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Bolsonaro é um dos oito réus investigados por supostamente tramarem um golpe de Estado no Brasil
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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres
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Hugo Barreto/Metrópoles5 de 9
Almir Garnier Santos durante interrogatório na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal STF
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Alexandre Ramagem
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Mauro Cid e advogado César Bittencourt
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Paulo Sérgio foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes
Reprodução TV Justiça9 de 9
O general é o primeiro oficial de quatro estrelas a ser preso, desde o fim do regime militar
Reprodução TV Justiça
Sérgio Nogueira desmentiu que qualquer candidato a presidência em 2022 tenha tido acesso ao relatório das Forças Armadas.
“Em todas as minhas reuniões atualiza e despachava tudo que era feito. Tudo as claras. Você imagina se eu tivesse que alterar um relatório desse, quantas pessoas teria que enganar?”.
O ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno, e ex-presidente Jair Bolsonaro, já foram interrogados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira. O interrogatório é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.