sem alta do IOF, gastos e receitas precisam ser ajustados

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) avaliou, neste sábado (7), que as discussões sobre eventuais alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) estão “bem encaminhadas”. Para ele, que está exercendo a presidência da República durante a viagem de Lula (PT) a Paris, uma possível saída envolve de um lado o aumento das receitas da União e de outro o corte de despesas da gestão federal.
“Acho que a solução virá pelo método ideal, que é atuar nas duas pontas. Procurar melhorar receita, com eficiência, onde puder melhorar, e reduzir despesa, melhorando a eficiência do gasto público”, disse Alckmin, em um evento realizado durante uma visita a uma fábrica em Brasília.
De acordo com Alckmin, a busca por alternativas ao aumento do imposto por meio do equacionamento de receitas e despesas federais vai ao encontro da linha adotada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ser apresentada a líderes do Congresso neste domingo (8). A pauta da reunião conta com possíveis medidas alternativas à alta do IOF.
“Quero destacar a prova de maturidade, de amadurecimento. O diálogo é o bom caminho. Ouvir, dialogar e resolver. Quem ouve mais erra menos. Acho que está bem encaminhada, vamos aguardar essa discussão que ocorrerá agora neste fim de semana e no início da semana”, avaliou o vice-presidente.
Essa busca de um entendimento entre o Executivo e o Legislativo, vista por Alckmin como uma “prova de maturidade”, ganhou força após a reação contrária do Congresso Nacional ao decreto sobre o IOF editado por Lula em maio. Os parlamentares não descartam a apresentação de um decreto legislativo para derrubar o aumento do imposto.