5 de junho de 2025

Saiba quanto tempo demora para chegar em cada planeta do Sistema Solar

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Viajar pelo espaço sempre foi um dos maiores objetivos da humanidade e o feito foi alcançado pela primeira vez em 1961, com o astronauta soviético Yuri Gagarin. Depois disso, a curiosidade para alcançar outros planetas aumentou cada vez mais e várias missões espaciais foram realizadas para todos os planetas do Sistema Solar. Porém, esse tipo de viagem não é fácil e exige planejamento para dar certo.

O primeiro fator para determinar o tempo de deslocamento para chegar a outro integrante do Sistema Solar é a distância entre os corpos celestes, que muda constantemente devido ao movimento contínuo dos planetas em torno do Sol.

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O trajeto precisa ser bem planejado para que a nave encontre seu destino final no lugar em que ele estará no futuro, e não no momento do lançamento do veículo. Para isso, os cientistas utilizam as chamadas “janelas de lançamento”, um termo que se refere aos períodos em que os planetas estão na posição ideal para que a nave chegue com o menor esforço possível à sua rota final.

“As janelas de lançamento são momentos ideais para enviar uma nave, pois permitem trajetórias mais eficientes. No caso de Marte, por exemplo, elas acontecem a cada 26 meses. Isso não significa que a Terra e Marte estejam o mais próximo possível, mas sim que a trajetória será ideal para a nave chegar onde Marte estará no futuro, após vários meses de viagem”, explica o professor Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A estimativa do tempo de duração da viagem também depende da missão. Visitas que precisam entrar em órbita ou pousar dentro dos planetas são mais demoradas e exigem muito mais combustível e planejamento. Já viagens em flyby, ou seja, que passam perto dos vizinhos para coletar dados e amostras, costumam ser mais curtas.

Ilustração colorida do tempo de duração de viagem para outros planetas - Metrópoles Ilustração mostra o tempo de viagem para cada planeta do Sistema Solar com base em missões já feitas

Tecnologia pode ajudar a diminuir o tempo de viagem

Com o avanço da tecnologia espacial, cientistas e engenheiros tentam desenvolver novos métodos para impulsionar as naves no espaço, tornando as viagens interplanetárias mais rápidas. Várias possibilidades de propulsão mais modernas surgem no cenário das viagens espaciais:

  • Motores iônicos: mais lentos no início, mas muito mais eficientes a longo prazo.
  • Propulsão nuclear térmica: ainda em fases de estudos, pode diminuir o tempo de viagem pela metade.
  • Propulsão a laser: uma tecnologia teórica em que lasers da Terra empurram a nave no espaço e que, em tese, poderia levar uma nave até Marte em 45 dias. Porém, está longe de se tornar realidade.

“A propulsão nuclear é um avanço que ainda está em fase de estudo, mas com grande potencial para o futuro das explorações espaciais”, destaca a professora de ciências Dayanne Alarcão, do Colégio Marista Champagnat, em Brasília.

A ideia de visitar outros planetas é empolgante, mas no cenário atual ainda é um processo lento, técnico e caro como um todo. O tempo de viagem continua sendo um fator limitante em idas ao espaço. No entanto, a esperança está nos avanços tecnológicos, que podem tornar as viagens interplanetárias mais rápidas, seguras e até mais acessíveis no futuro.

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