Mercado reduz inflação para 2025, mas dentro da meta apenas em 2026

Os analistas do mercado financeiro reduziram novamente a expectativa de inflação para este ano chegando a 5,46%, de acordo com o Relatório Focus, do Banco Central, publicado nesta segunda (2). A previsão é menor do que a apontada há um mês, de 5,53%.
No entanto, apesar da redução, a inflação do ano segue estourando o teto da meta, que é de 4,5%, e que deve ser alcançado apenas em 2026 (veja na íntegra):
- 2025: 5,46%;
- 2026: 4,5%;
- 2027: 4%;
- 2028: 3,85%.
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A expectativa de inflação é um dos pontos avaliados pelos diretores do Banco Central para definir os juros da economia, tornando-a mais restritiva para se alcançar o centro da meta, de 3%. O Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se reunir nos dias 17 e 18 para discutir se mantém a Selic no atual patamar de 14,75% ou se faz um novo ajuste.
Os analistas do mercado financeiro, no entanto, acreditam que não haverá uma nova elevação, mantendo os juros neste patamar até o final do ano. Há a expectativa de que cortes comecem a ser realizados apenas no ano que vem:
- 2025: 14,75%;
- 2026: 12,5%;
- 2027: 10,5%;
- 2028: 10%.
Por outro lado, o mercado financeiro prevê um avanço mais apertado do Produto Interno Bruto (PIB), que sinaliza o crescimento da economia. No Focus desta segunda (2), a projeção média foi levemente reduzida para 2,13%, contra 2,14% apontados na semana passada – mas, acima dos 2% estimados há um mês.
Para os próximos anos, se prevê um crescimento do PIB para 1,8% em 2026 e 2% em 2027 e 2028.
Já o câmbio médio do dólar deve se manter em R$ 5,80 neste ano e em 2027 e 2028, com uma elevação para R$ 5,90 apenas em 2026.