“Desrespeito ao Judiciário”, diz Nunes sobre continuidade do mototáxi em SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), classificou nesta quarta-feira (21) como um “desrespeito às pessoas, ao poder público e ao Judiciário” a continuidade da operação do serviço de mototáxi na capital paulista pelas empresas de aplicativo após suspensão por ordem judicial na última semana.
Em entrevista coletiva, o prefeito afirmou também que a Procuradoria Geral do Município (PGM) notificou a Justiça sobre o descumprimento da medida judicial.
“A Procuradoria do Município notificou hoje o desembargador e o Tribunal de Justiça, e também a Polícia Civil instaurou o inquérito para apurar o crime de desobediência [por parte das empresas de aplicativo]. Então, como prefeito da cidade, a gente tem que deixar aqui o nosso repúdio total por essa atitude lamentável de descumprir um decreto, descumprir uma decisão judicia”, afirmou.
O prefeito também prometeu apertar novamente a fiscalização contra o serviço.
“Evidentemente é uma atividade que está ilegal, já tem um decreto proibindo, tem uma decisão judicial proibindo. Seria até uma ação incorreta a nossa se não fizéssemos as ações de fiscalização para impedir a atividade ilegal.”
As empresas 99 e Uber continuam operando os serviços de mototáxi na capital paulista, mesmo após a suspensão da modalidade pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na última sexta-feira (16), o desembargador e relator do processo, Eduardo Gouvêa, apontou uma razão provisória da prefeitura, optando por suspender o serviço até que o caso seja julgado de forma definitiva.