Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em alta; Japão destoa com tarifaço

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (21), ainda sob o efeito de cortes de juros na região. A exceção foi a do Japão, que caiu em meio a preocupações sobre os efeitos da política tarifária do governo Trump.
Ontem, os bancos centrais da China (PBoC) e da Austrália (RBA) reduziram seus juros básicos.
O PBoC anunciou um corte de 10 pontos-base, o primeiro desde outubro, em meio a incertezas sobre futuras discussões comerciais entre China e EUA, embora os dois países tenham suspendido as chamadas tarifas “recíprocas” por 90 dias.
O RBA reduziu sua taxa em 25 pontos-base e adotou tom mais “dovish” do que o normal, segundo analistas, sugerindo continuidade do relaxamento da política monetária australiana.
Liderando ganhos na Ásia, o índice Taiex subiu 1,29% em Taiwan, a 21.803,91 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,91% em Seul, a 2.625,58 pontos, e o Hang Seng teve alta de 0,62% em Hong Kong, a 23.827,78 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,21%, a 3.387,57 pontos, em sua terceira sessão positiva, e o menos abrangente Shenzhen Composto ficou estável, em 2.010,01 pontos.
O Ministério de Comércio chinês ameaçou hoje tomar medidas legais contra tentativas dos EUA de impor restrições ao uso de chips chineses, mostrando que tensões entre Pequim e Washington persistem apesar da pausa na disputa tarifária bilateral.
Na contramão, o Nikkei recuou 0,61% em Tóquio, a 37.298,98 pontos, após dados mostrarem que as exportações japonesas para os EUA sofreram em abril a primeira queda anual em quatro meses, evidenciando o impacto das tarifas americanas. Há expectativas de que Japão e EUA iniciem uma nova rodada de negociações tarifárias na sexta-feira (23).
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo dia consecutivo, com alta de 0,52% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.386,80 pontos.