Dólar hoje cai abaixo de R$ 5,70 após Copom e com acordo EUA-Reino Unido no radar
O dólar à vista operava em poderoso desvalorização diante de o real nesta quinta-feira, voltando a operar aquém do piso de R$ 5,70, à medida que os investidores reagiam às decisões de política monetária do Federalista Reserve e do Banco Meão do Brasil, enquanto aguardam o pregão de um consonância tarifário entre Estados Unidos e Reino Uno.
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento quotidiano do dólar mercantil
Trump postou no Truth Social que dará uma entrevista à prensa no Salão Oval às 11h (horário de Brasília) desta quinta-feira sobre um “importante acordo comercial com representantes de um país grande e altamente respeitado”.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 11h27, o dólar mercantil operava em ligeiro queda de 1,27%, a R$ 5,672 na compra e R$ 5,673 na venda. Na B3, o contrato de dólar horizonte de primeiro vencimento DOLc1 tinha baixa de 1,18%, a 5.703.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em subida de 0,58%, a R$5,7445.
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O Banco Meão fará nesta sessão um leilão de até 25.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.
Dólar mercantil
- Compra: R$ 5,672
- Venda: R$ 5,673
Dólar turismo
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- Compra: R$ 5,739
- Venda: R$ 5,919
O real operava em subida nesta sessão, refletindo o maior gosto por risco nos mercados globais posteriormente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar que anunciará ainda hoje um consonância tarifário com o Reino Uno — o primeiro desde o início de sua série de negociações comerciais com parceiros internacionais.
Trump, que concederá uma coletiva de prensa às 11h (horário de Brasília), classificou o consonância porquê “completo e abrangente” e afirmou que ele “consolidará o relacionamento entre EUA e Reino Unido por muitos anos”.
A notícia reforçou o otimismo cordato dos mercados em relação à política mercantil norte-americana. Na terça-feira, autoridades dos EUA e da China confirmaram que se reunirão neste término de semana na Suíça com o objetivo de tranquilizar as tensões tarifárias.
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Os mercados globais vinham sofrendo volatilidade desde 2 de abril, quando Trump anunciou um grande pacote de tarifas — no chamado “Dia da Libertação”. Uma semana depois, o governo norte-americano concedeu uma pausa de 90 dias para a maioria das tarifas, mantendo, no entanto, as sanções sobre a China.
“O real está… refletindo o ambiente de maior otimismo e apetite por risco no mercado internacional, principalmente pela expectativa em torno da coletiva da Casa Branca sobre o acordo comercial com o Reino Unido”, afirmou Leonel Mattos, crítico de Lucidez de Mercado da StoneX. “Isso tem alimentado a esperança de que as tensões comerciais comecem a se dissipar, abrindo espaço para novos acordos”, completou.
Na véspera, o mercado também reagiu à decisão do Federalista Reserve, que manteve os juros inalterados e sinalizou preocupação com a inflação e o desemprego em meio às incertezas geradas pelas políticas tarifárias. Em coletiva posteriormente a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou que o banco médio não tem pressa em reduzir os juros novamente, preferindo esperar os efeitos das medidas adotadas pelo governo Trump.
No cenário doméstico, os investidores também repercutiam a decisão do Banco Meão brasiliano, que elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, deixando em sincero os próximos passos da política monetária. Embora sem um “forward guidance” simples, o BC indicou que manterá juros elevados por um período prolongado, diante de expectativas desancoradas, inflação persistente, atividade econômica resiliente e pressões no mercado de trabalho.
Para Mattos, esse posicionamento mais duro da mando monetária brasileira reforça o diferencial de juros entre o Brasil e economias desenvolvidas, porquê os EUA, favorecendo a valorização do real.
“O Copom sinalizou uma política mais restritiva, o que tende a manter o diferencial de juros elevado e, com isso, atrair capital estrangeiro. Essa dinâmica pode seguir pressionando o dólar para baixo”, avaliou.
No front de dados, o IBGE informou mais cedo que os preços ao produtor recuaram em março pelo segundo mês contínuo, puxados principalmente pela queda nos preços dos mantimentos.
(Com Reuters)