12 de maio de 2025

Opep+ deve acelerar ainda mais os aumentos na produção de petróleo


A Opep+ planeja correr ainda mais os aumentos na produção de petróleo e pode desfazer seus cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia até o final de outubro, se os membros não melhorarem o cumprimento de suas cotas de produção, disseram fontes à Reuters.

Em abril, o grupo chocou o mercado ao concordar com uma reversão dos cortes mais rápida do que o esperado, apesar dos preços e da demanda fracos. A medida foi planejada pela Arábia Saudita, líder dos membros dos produtores de petróleo, para punir alguns países pelo reles cumprimento das cotas, segundo fontes.

Desde portanto, os membros da Opep+ comunicaram no sábado (3) a concordância com outro grande aumento na produção para junho, elevando o totalidade que planeja liberar em abril, maio e junho para quase 1 milhão de barris por dia.

A expectativa é de que a tendência seja mantida e o grupo concorde em junho em liberar outros 411 milénio bpd, afirmaram à Reuters cinco fontes informadas sobre o tópico, sob quesito de anonimato.

Durante a reunião de sábado, a Arábia Saudita alertou outros países contra qualquer não conformidade, disse uma das fontes, acrescentando que também houve o libido de alguns membros de aumentar a produção, para além do receio de retaliação em caso de discordância.

A Opep, o gabinete de comunicações do governo saudita e o gabinete do vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak não responderam imediatamente a um pedido de observação da Reuters.

O grupo provavelmente aprovará aumentos acelerados para agosto, setembro e outubro, com a teoria de desfazer o restante de uma grande parcela dos cortes voluntários se Iraque, Cazaquistão e outros países retardatários não melhorarem a conformidade e realizarem cortes de ressarcimento, disseram as fontes.

Se a conformidade não melhorar, os cortes voluntários serão desfeitos até novembro, disse uma das fontes, referindo-se à parcela de 2,2 milhões de bpd dos cortes voluntários da Opep+ por oito membros.

O grupo dos produtores de petróleo ainda está cortando a produção em quase 5 milhões de barris por dia e muitos dos cortes devem permanecer em vigor até o final de 2026. Esses cortes foram acordados em várias etapas desde 2022 para dar suporte ao mercado.

Em dezembro, houve a concordância em varar gradualmente a secção voluntária de 2,2 milhões de bpd dos cortes totais até o final de setembro de 2026, acelerando o processo em abril.

Os preços do petróleo caíram para uma mínima de quatro anos em abril deste ano, inferior de US$ 60 por barril, devido aos aumentos acelerados da Opep+ e às tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que levantaram preocupações sobre uma desaceleração global.

“O mercado receberá essa notícia de forma negativa, enquanto as exportações de petróleo bruto não sugerirem uma melhor conformidade com a Opep+”, disse o exegeta do UBS, Giovanni Staunovo.

A Reuters informou nesta semana que autoridades sauditas comunicaram aliados e autoridades da indústria que não estão dispostas a sustentar os mercados de petróleo com mais cortes no fornecimento.

O Cazaquistão desafiou a Opep+ neste mês, quando seu ministro da Força afirmou que priorizará os interesses nacionais em detrimento dos interesses do grupo ao determinar sobre os níveis de produção de petróleo. A produção de petróleo do Cazaquistão em abril excedeu a quinhão da Opep+, apesar de uma queda de 3%.

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