13 de maio de 2025

Brasil é vencedor relativo e ações seguem descontadas, diz Ferreira da XP

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Brasil é vencedor relativo entre mercados emergentes e globais. Em novo relatório sobre visão do Research da XP sobre o país, Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head da subdivisão de estudo da corretora, afirma que ações brasileiras seguem descontadas.

Para a equipe do estrategista, os papéis brasileiros podem seguir ainda mais vantajosos em um contexto de melhora do cenário macro e ciclo de subida de juros próximo do termo. A visão foi reforçada por investidores em Londres, em roadshow recente da corretora no exterior. A estimativa de valor justo do Ibovespa ao termo de 2025 foi revisto para 145 milénio, dos 149 milénio anteriores.

“O rali de Brasil continua, apesar do forte aumento da volatilidade. Abril marcou um novo capítulo na política comercial dos EUA, com  o anúncio de tarifas em 2 de abril, o que gerou forte alta na volatilidade dos mercados globais. A aversão ao risco aumentou, levando a saídas de estrangeiros no início do mês”, afirma o relatório.

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A estudo afirma, no entanto, que as saídas reverteram ao longo do mês e que vencedores da guerra mercantil foram reavaliados pelos investidores. Nesse cenário, a América Latina se apresenta porquê mais protegida. E, dentre os mercados emergentes, o Brasil seguiria porquê “vencedor relativo”.

O país se beneficiaria do ponto de vista de fluxo, uma vez que, no limitado prazo, investidores globais continuariam realizando movimento de rotação de capital e, no longo prazo, a base produtiva de multinacionais seria diversificada.

“O dólar mais fraco também continua favorecendo os mercados emergentes. Essa visão foi amplamente compartilhada por investidores globais e de mercados emergentes durante nosso roadshow em Londres, com sentimento claramente otimista em relação à bolsa brasileira”, diz Ferreira.

Com a visão de que os papéis brasileiros seguem descontados, a estudo considera que há preferência de investidores por setores domésticos e sensíveis à taxa de juros, em detrimento de commodities. A razão é que os papéis ligados à commodities tem maior exposição à incerteza econômica global.

“Concordamos com essa alocação, embora estejamos atentos ao cenário inflacionário doméstico, que segue longe do ideal. Nesse sentido, o principal risco a essa visão consensual seria a necessidade de juros mais altos por mais tempo no Brasil”, sugere a estudo.



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