12 de maio de 2025

Viver sucessivos desastres ambientais piora saúde mental, diz estudo

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Presenciar um sinistro ambiental — uma vez que as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul há um ano, ou os incêndios em Los Angeles em janeiro deste ano — pode trazer grandes impactos emocionais. Um novo estudo mostrou que a exposição a esses eventos extremos de forma repetitiva pode levar à piora da saúde mental.

A desfecho é de pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, e foi publicada na revista The Lancet Public Health na terça-feira (29). Segundo o estudo, a saúde mental piora ainda mais quando uma pessoa passa por múltiplos desastres ambientais em um pequeno espaço de tempo, uma vez que em intervalos de um ou dois anos.

Os pesquisadores analisaram indivíduos em toda a Austrália que vivenciaram repetidamente desastres uma vez que enchentes, incêndios florestais ou ciclones. A pesquisa utilizou dados de 2009 a 2019.

No totalidade, foram mais de 1.500 pessoas analisadas que tinham sido expostas a pelo menos um sinistro. A saúde mental delas foi comparada a de 3.880 australianos com perfis sociodemográficos semelhantes, mas que não tinham pretérito por sinistro no mesmo período.

O trabalho descobriu que mulheres, jovens, populações indígenas e pessoas em áreas rurais eram mais propensas a tolerar prejuízos na saúde mental depois desastres repetidos. Ou por outra, indivíduos com condições de longo prazo, deficiência, aqueles com pouco pedestal social, muito uma vez que proprietários de imóveis com hipotecas e locatários, experimentaram declínios maiores na saúde mental desde o primeiro até os desastres subsequentes.

Diante dos achados, os autores do estudo pedem mudanças nas formas uma vez que as comunidades são apoiadas depois desastres recorrentes, incluindo um novo processo para triagem e planejamento requintado para o suporte na recuperação de desastres.

“Infelizmente, sabemos que as futuras gerações irão enfrentar múltiplos desastres ao longo de suas vidas, e agora estima-se que crianças nascidas hoje devem vivenciar sete vezes mais desastres ao longo da vida do que gerações passadas”, afirma Claire Leppold, pesquisadora em Resiliência Comunitária da Escola de Saúde da População e Global da Universidade de Melbourne, em enviado à prensa.

“Estamos começando a ter uma visão mais clara do que as pessoas precisam em sua recuperação após desastres e do que podemos fazer para garantir que os serviços de saúde, governos e organizações de serviços de emergência consigam apoiar efetivamente as pessoas diante de múltiplos desastres”, completa.

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