Apesar de proibição da Anvisa, cresce vendas de cigarros eletrônicos
A venda de cigarros eletrônicos no Brasil continua a crescer, desafiando a proibição imposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), imposta em 2009.
Em 2024, houve um aumento alarmante de 153% nas apreensões de cigarros eletrônicos em rodovias brasileiras.
A Polícia Rodoviária Federalista confiscou mais de 620 milénio unidades ilegais, em verificação com tapume de 240 milénio no ano anterior.
Esses números indicam um prolongamento sucoso no mercado furtivo desses produtos.
Riscos à saúde e negócio proibido
Especialistas alertam para os perigos associados ao consumo desses dispositivos não regulamentados.
Há relatos de que substâncias uma vez que anfetamina e THC (componente da cannabis) estão sendo misturadas aos produtos, aumentando os riscos para os usuários.
A falta de controle sobre a fabricação e a venda desses itens tem criado um cenário ainda mais caótico do que antes da manutenção da proibição.
Enquanto quase 100 países já regulamentaram os cigarros eletrônicos com regras rígidas para produção, venda e propaganda, o Brasil mantém sua postura proibitiva.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o consumo é controlado pela FDA (Food and Drug Administration), que exige que fabricantes submetam novos produtos para aprovação antes de serem comercializados.
Debate sobre regulamentação
A discussão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil permanece acalorada.
Alguns especialistas argumentam que a Anvisa perdeu a oportunidade de reconhecer a evolução da ciência e da tecnologia nos últimos 16 anos, período em que muitos países adotaram uma abordagem mais progressista.
Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera os cigarros eletrônicos uma prenúncio à saúde e recomenda que os países tratem os vapes da mesma forma que o tabaco convencional.
Há um consenso entre os especialistas de que a regulamentação poderia ser uma saída para prometer a qualidade e a segurança dos produtos, além de proteger os usuários e prevenir o uso por pessoas que nunca tiveram contato com a nicotina.