12 de maio de 2025

Quem é Luiz Oscar Niemeyer, o empresário que convenceu Lady Gaga a vir ao Brasil


Luiz Oscar Niemeyer carrega o nome do tio, Oscar Niemeyer, um dos arquitetos mais icônicos da história. Ele também pertence a uma família de destaque na medicina: é irmão de Paulo Niemeyer Fruto, um dos neurocirurgiões mais renomados do país, e rebento do doutor Paulo Niemeyer Soares, uma referência na dimensão médica, falecido em 2004. No entanto, Luiz Oscar escolheu trilhar um caminho dissemelhante e construiu sua curso no setor de entretenimento, onde se consolidou porquê um dos principais empresários responsáveis por trazer mega shows internacionais ao Brasil.

Em maio, Luiz Oscar Niemeyer trará Lady Gaga para um show gratuito em Copacabana, organizado por sua produtora, a Bonus Track, a mesma responsável por trazer Madonna para a praia no ano pretérito. A “Mother Monster”, porquê é carinhosamente chamada pelos fãs, se junta a uma lista de artistas de peso que vieram ao Brasil ao longo das últimas quatro décadas graças ao trabalho do empresário, um dos pioneiros no mercado de grandes eventos internacionais no país. Os primeiros shows que ele produziu ocorreram em períodos marcados por instabilidade política e turbulência econômica no Brasil.

Leia mais: Lady Gaga no Rio será maior que o Coachella, diz CEO da Bonus Track

Luiz Oscar Niemeyer (à esquerda) com o ex-Beatle, Paul MacCartney (Foto: Pilha pessoal)

Em 1990, quando trouxe Paul McCarteney para um show no Maracanã, foi pego de surpresa pelo Projecto Collor, lançado faltando pouco menos de um mês para a apresentação. “Os patrocinadores disseram que não ia ter como fazer. O dinheiro estava sequestrado, preso”, lembrou Niemeyer, durante sua participação no InfoMoney Entrevista desta semana.

Em 1990, Luiz Oscar Niemeyer enfrentou um grande repto ao trazer Paul McCartney para um show histórico no Maracanã. Faltando menos de um mês para a apresentação, ele foi surpreendido pelo Projecto Collor. “Os patrocinadores disseram que não ia ter como fazer. O dinheiro estava sequestrado, preso”, relembrou Niemeyer durante sua participação no InfoMoney Entrevista desta semana.

“Partimos para uma série de negociações, inclusive com o artista. O Paul queria vir ao Brasil, tocar no Maracanã, que na época tinha capacidade para 200 mil pessoas. E a gente conseguiu, né? Conseguimos chegar a um acordo para receber [o patrocínio] das empresas mais adiante”, relembra Luiz Oscar Niemeyer.

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O show não exclusivamente aconteceu, mas também quebrou um recorde mundial de maior público pagante, entrando para o Guinness Book: 184 milénio pessoas assistiram à apresentação. Desde portanto, o ex-Beatle retornou ao Brasil diversas vezes e já acumula quase 40 shows no país, todos produzidos por Luiz Oscar Niemeyer.

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Roberto Medina e o primeiro Rock in Rio

Enamorado por música desde a puberdade, Luiz Oscar Niemeyer estudou informação e, ao concluir a faculdade, ingressou na Artplan, dependência de publicidade de Roberto Medina. Foi lá que nasceu o projeto da primeira edição do Rock in Rio, em 1985. Inicialmente idealizado porquê um festival para promover uma marca de cerveja da Brahma, o evento acabou entrando para a história ao reunir grandes nomes internacionais, porquê Queen, Ozzy Osbourne, James Taylor e Rod Stewart, além de uma seleção de artistas brasileiros, incluindo Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Kid Abelhão. O Rock in Rio se tornou um marco cultural e consolidou o Brasil porquê fado para grandes eventos musicais.

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“Fui coordenador geral do projeto, numa época em que esse negócio ainda estava no começo. […] O showbusiness tinha suas precariedades, os profissionais não eram totalmente preparados. E eu percebi que ali havia uma oportunidade”, afirma Luiz Oscar Niemeyer.

Posteriormente deixar a Artplan, Luiz Oscar Niemeyer produziu três edições do festival Hollywood Rock, realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. O evento se destacou por mesclar bandas brasileiras com grandes astros internacionais. Entre os headliners das edições estavam nomes icônicos porquê Bob Dylan, Eric Clapton, Alice in Chains e Nirvana.

Niemeyer e o cantor Elton John (Foto: Pilha pessoal)

Planmusic e o primeiro show em Copacabana: Rolling Stones

Luiz Oscar Niemeyer também atuou porquê presidente da gravadora BMG Ariola no Brasil por mais de dez anos, deixando o incumbência em um momento em que a indústria fonográfica enfrentava desafios com o surgimento das mídias digitais e o aumento da pirataria. Posteriormente sua saída, decidiu fundar a Planmusic, empresa responsável por trazer, em 2006, os Rolling Stones para um show histórico em Copacabana, marcando sua primeira experiência com eventos realizados na praia.

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Inspirado por um show que o cantor Lenny Kravitz havia realizado no lugar no ano anterior, durante as comemorações do natalício do Rio de Janeiro, Luiz Oscar Niemeyer sugeriu ao produtor dos Rolling Stones a teoria de uma apresentação gratuita na praia. O produtor, que buscava trazer a orquestra para o Brasil, aceitou a proposta, dando início a um dos eventos mais emblemáticos da história músico do país.

Show dos Rolling Stones em 2006: 1,5 milhão de pessoas em Copacabana (Foto: Pilha pessoal)

“Para mim, seria uma reentrada importante no mercado, uma forma de fazer marketing para a nossa empresa. Mas também era algo positivo para o artista e para a cidade”, afirma Luiz Oscar Niemeyer. O resultado foi impressionante: 1,5 milhão de pessoas assistiram a Mick Jagger e sua orquestra, marcando o maior público da história do grupo britânico — um número realmente difícil de superar.

Em 2012, Luiz Oscar Niemeyer organizou mais um show em Copacabana, desta vez com Stevie Wonder e Gilberto Gil. Embora o público não tenha sido tão grande quanto o dos Rolling Stones, ainda assim reuniu tapume de 850 milénio pessoas. Mal sabia o empresário que, 12 anos depois, os megashows na praia se tornariam uma tradição anual, consolidando Copacabana porquê um dos principais palcos para eventos de grande porte no Brasil.

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A venda do negócio e o surgimento da Bonus Track

Luiz Oscar com o rebento, Luiz Guilherme: sócios da Bonus Track (Foto: Pilha pessoal)

O controle da Planmusic foi vendido à T4F (SHOW3) em 2016. Durante cinco anos, Luiz Oscar Niemeyer continuou colaborando com a empresa porquê associado, trazendo projetos de grande destaque, incluindo mais shows de Paul McCartney. No entanto, o carioca de coração começou a se sentir incomodado com as viagens semanais para São Paulo. Em 2021, em um movimento semelhante ao que viveu no final dos anos 1980, decidiu deixar a T4F para se destinar a uma novidade empreitada.

“Eu gosto de estar no controle do negócio”, admite Luiz Oscar Niemeyer. Foi com esse espírito que surgiu a Bonus Track, uma sociedade com seu rebento, Luiz Guilherme Niemeyer. O fecho da turnê Celebration Tour, da cantora Madonna, em Copacabana, marcou o início de um projeto ainda mais cobiçoso. Oriente ano, a produtora firmou uma parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro para a realização de megashows na praia até 2029. A plataforma “Todo Mundo no Rio” dará início às atividades oficialmente com a apresentação de Lady Gaga, em maio.

Mas a Bonus Track não se limita exclusivamente aos megashows em Copacabana. Atualmente, a empresa também atua no empresariamento artístico de grandes nomes, porquê a orquestra Capital Inicial, o cantor Criolo e o trio Os Garotin. Aliás, organiza o festival de música brasileira Gulodice Maravilha, que oriente ano tem data marcada para o final de setembro no Rio de Janeiro. A companhia também é proprietária da Mangolab, uma empresa especializada em eventos e marketing do dedo, e realiza a gestão do Teatro I Love Prio por meio de uma controlada, a LGL Promoções. Para completar, a Bonus Track integra o consórcio responsável pela reconstrução do Canecão, uma das casas de shows mais icônicas do Rio de Janeiro.



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