12 de maio de 2025

Cirurgia de Bolsonaro: entenda os problemas…



Jair Bolsonaro foi submetido a mais uma cirurgia no tripa no domingo (13). A operação durou 12 horas, é considerada de grande porte e foi feita para emendar uma suboclusão no órgão, quadro popularmente chamado de obstrução intestinal.

O ex-presidente foi internado no Rio Grande do Setentrião na semana passada, posteriormente sentir fortes dores abdominais. Depois, foi transferido para o Hospital DF Star, em Brasília, onde o procedimento foi feito.

No momento, o ex-presidente está se recuperando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição.

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda, Cláudio Birolini, o médico responsável, informou que a cirurgia foi concluída com sucesso e Bolsonaro evolui muito, mas ainda não há previsão de subida da UTI.

Birolini afirmou que as próximas 48 horas serão decisivas para verificar se serão necessárias novas intervenções, mas o objetivo é que o ex-presidente tenha uma vida sem restrições. “A ideia é restabelecer uma condição de normalidade, mas precisamos aguardar a evolução dele”, afirmou Birolini.

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Histórico de problemas

Bolsonaro já passou por outras seis operações desde que foi atingido por uma facada em 2018, em atentado sofrido durante a campanha eleitoral daquele ano.

Elas precisam ser feitas porque, depois de uma primeira cirurgia abdominal, há um grande risco de se formarem tecidos fibrosos no processo de cicatrização, que criam aderências nas paredes do tripa.

“Quanto mais invasivo for o procedimento, maior a probabilidade de aparecerem aderências, causando a obstrução”, explicou à VEJA SAÚDE Fábio Guilherme Campos, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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Estas formações podem “grudar” duas partes do tripa ou produzir hérnias e ângulos muito fechados, impedindo a passagem de gases e fezes. “É como dobrar uma mangueira de tal forma que o fluxo da água seja interrompido”, ilustrou Campos.

Elas podem intercorrer meses ou até anos depois da primeira cirurgia.

Porquê foi feita a cirurgia

O procedimento realizado foi uma laparotomia exploradora, mediação que abre o abdômen para reconstruir as paredes do tripa e desfazer as aderências.

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Nesta última mediação, Birolini explicou que havia um ponto específico de obstrução, uma vinco no tripa franzino, além de vários outros pontos de suboclusão, e que a situação era mais grave do que nas cirurgias anteriores.

“Ele vinha sofrendo há algum tempo de desconforto intestinal, distensão abdominal e sensação de barriga estufada”, afirmou Birolini.

Se não for tratada há tempo, uma obstrução pode suscitar problemas graves, porquê perfuração do tripa, necrose do tecido e sepse.

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