13 de maio de 2025

Glauber Braga inicia greve de miséria e dorme no plenário depois parecer por cassação

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O deputado federalista Glauber Braga (PSOL-RJ) passou a madrugada desta quinta-feira (10) no plenário do Recomendação de Moral e Decoro Parlamentar da Câmara, onde foi reconhecido, na véspera, o parecer que recomenda a cassação de seu procuração. Em protesto, o parlamentar iniciou uma greve de miséria e declarou que permanecerá no Congresso até que o plenário da Lar decida sobre seu horizonte político.

“Estou há 30 horas e 30 minutos fazendo somente a ingestão de líquidos”, escreveu Braga às 6h30 no X (idoso Twitter). “Essa tática radical é fruto de uma decisão política: não serei derrotado por Arthur Lira e pelo orçamento secreto. Vou às últimas consequências.”

Segundo O Orbe, o deputado dormiu no solo do plenário, reclinado à parede.

Glauber Braga é fim de um processo por agressão ao youtuber Gabriel Costenaro, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), em abril de 2024. Segundo o deputado, ele foi provocado e se sentiu intimidado. Já Costenaro afirma ter sido agredido com chutes e expulso da Câmara enquanto almoçava nas dependências da Lar.

O partido Novo apresentou o pedido de cassação, asilado pelo logo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e guiado ao Recomendação de Moral. O relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), recomendou a perda de procuração, e o parecer foi reconhecido por 13 votos a 5.

Braga afirma que é vítima de perseguição política por secção de Arthur Lira. O deputado e seu partido foram os responsáveis por acionar o STF em 2024 contra a realização das chamadas emendas de relator, que travaram secção da destinação do orçamento secreto. Na ocasião, Braga acusou Lira de “sequestrar o Orçamento”.

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“A cassação é fruto de uma barganha política”, declarou o deputado em outras ocasiões.

Próximos passos

A decisão do Recomendação de Moral não implica a cassação imediata. O deputado pode recorrer à Percentagem de Constituição e Justiça (CCJ), que analisará se houve violação de normas legais e regimentais.

Caso o parecer avance ao plenário da Câmara, a cassação só será confirmada com o voto favorável de pelo menos 257 deputados.

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